CNM/CUT completa 31 anos nesta quinta-feira (23)
Entidade que representa trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos cutistas comemora aniversário de lutas e conquistas
Publicado: 23 Março, 2023 - 17h22 | Última modificação: 23 Março, 2023 - 17h59
Escrito por: Redação CNM/CUT

Nesta quinta-feira, 23 de março, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) completa 31 anos de existência. Veja a fala de alguns dirigentes da diretoria executiva da entidade sobre a data e a importância da organização dos/as trabalhadores/as.
Paulo Cayres, o Paulão, presidente da CNM/CUT
A CNM/CUT orgulhosamente completa 31 anos de existência. Nesse período fez valer a contratação coletiva nos mais variados estados, pois representa o Brasil como um todo, mas é fundamental também a pauta da Confederação do ponto de vista da inclusão das mulheres, dos negros, dos jovens, e do LGBT. Trata-se de uma Confederação que atua para além do umbigo, que não pensa só naquilo que é o imediato da Confederação, ou seja o debate sobre a indústria.
A nossa Confederação traz no seu DNA a marca da negociação coletiva, mas quando esta não é possível, mobiliza as bases para o necessário enfrentamento. A CNM/CUT tem na sua trajetória incontáveis lutas e merece destaque nos anos recentes: a luta contra o golpe da presidenta Dilma Rousseff e também a luta pela liberdade do presidente Lula, tema do nosso 10º congresso. Sinto-me extremamente recompensado por estar a frente desta confederação gigante, que nunca vacila nos momentos de enfrentamentos em defesa da classe trabalhadora e isto se deve ao elevado grau de combatividade da nossa direção e dos trabalhadores e trabalhadoras da nossa base , responsáveis pela nossa sustentação.
Marli Melo do Nascimento, secretária de Mulheres da CNM/CUT
A CNM/CUT é uma entidade de massa, uma entidade que é reconhecida nacionalmente, internacionalmente, e é protagonista em várias frentes. Nós temos representantes em vários fóruns, em várias entidades, porque somos uma Confederação que faz com que o seu ramo cresça sempre com políticas, sejam elas de mulheres, juventude, racial, saúde, entre outras. A nossa Confederação protagoniza várias ações, fortalece a indústria e é o que a gente tem feito durante todo esse tempo para fortalecer sindicatos e suas federações.
E na questão das mulheres, nós temos feito grandes enfrentamentos na questão do machismo e na luta por mais mulheres nos espaços de poder dentro das entidades representativas. Temos fortalecido as mulheres nas direções com muitas formações, para que elas possam a cada dia ter um horizonte do que é ser uma mulher trabalhadora, do que é ser uma dirigente sindical para que ela possa compreender a força que ela tem e o quanto ela pode contribuir em defesa da vida das mulheres e por melhores condições de trabalho. A CNM/CUT tem mostrado às mulheres o quanto elas são valorosas dentro do ramo metalúrgico, o quanto a mão de obra delas é imprescindível.
E para o próximo mandato, a gente espera evoluir mais, já que estamos com um novo governo e de esquerda e que tem mostrado para que veio. O movimento sindical precisa acompanhar e lutar por esse espaço, e eu tenho certeza que a nova direção e a Confederação vão estar preparadas para os embates e grandes desafios vindouros. Nós, nunca mesmo com esse tempo turbulento que passamos de pandemia, deixamos de continuar firmes na luta. E eu tenho certeza que essa nova direção, neste novo mandato, continuará fazendo o que sempre fez: fortalecer a nossa categoria, levando o nome da CNM/CUT em todos os espaços, com grandes dirigentes homens e mulheres numa única luta.
Loricardo de Oliveira, secretário-geral da CNM/CUT
Falar um pouco sobre esses 31 anos da CNM/CUT, e da importância que tem essa Confederação para os trabalhadores metalúrgicos no Brasil e na CUT, é falar de muita história. Foram tempos de construção de ideias, que surgiram do local de trabalho, ideias que trabalharam muito tempo a formação, a organização, a questão de um contrato coletivo nacional, a indústria e a questão das temáticas que vinculam às secretarias que trabalham nas especificidades do ramo como juventude, gênero, saúde, mulher, racial, comunicação, entre outras.
Quando a gente faz aniversário, a gente sempre pensa que a gente quer chegar no próximo ano com muito mais do que a gente já fez, e é essa nossa tarefa de reconstrução do Brasil, reconstrução de uma categoria que foi dizimada pela desindustrialização, pela automação e pela questão dos novos formatos de tecnologia do trabalho.
Nós estamos indo para o 11º Congresso com esse olhar de reconstrução nacional, com renda, direitos, autonomia, democracia, participação dos trabalhadores nas decisões dos sindicatos e nas decisões dentro da fábrica, para que a gente possa democratizar o local de trabalho e melhorar a vida de cada trabalhador e trabalhadora.
É uma tarefa muito dura e que vem sendo cada vez mais necessária, a partir do que vem se formando no local de trabalho. Então, nós não podemos mais ter uma desindustrialização que acabe com o nosso ramo e para isso é importante a tecnologia, a questão da informação, e que nós possamos estar cada vez mais próximos da base. E a comunicação tem essa tarefa também. Precisamos ter uma comunicação que dialogue com a vontade da classe trabalhadora, com a vontade dos metalúrgicos e metalúrgicas nesse país.
Então, esses 31 anos de vida são marcados por muita luta e por muito aprendizado, e a nossa tarefa daqui para frente, nos próximos anos, é olhar o Brasil olhando os metalúrgicos, e olhando os metalúrgicos você olha a indústria, olhando a indústria você olha o desenvolvimento, olhando o desenvolvimento você olha a distribuição de renda, e olhando a distribuição de renda você vê melhoria na vida das pessoas e para toda nossa categoria metalúrgica. Viva a nossa CNM/CUT!