Comitês Populares de Luta serão criados pelos Metalúrgicos da CUT-RSc
“Temos que debater a vida dos trabalhadores, assuntos como o aumento no custo de vida, carestia, o porquê da vida dos brasileiros estar piorando”, diz Secretário de Comunicação da FTM-RS, Enio Santos
Publicado: 24 Março, 2022 - 21h17 | Última modificação: 24 Março, 2022 - 21h20
Escrito por: FTM-RS
A criação de Comitês Populares de Luta foi aprovada por cerca de 80 dirigentes sindicais, de todo estado, durante a plenária da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM-RS), realizada na manhã de terça-feira (22), na sede do Sindipolo.
Cada sindicato deverá implantar no início um Comitê com a diretoria e posteriormente, nas principais fábricas. A meta é formar mais de 100 Comitês no Rio Grande do Sul, os espaços serão utilizados para fortalecer a mobilização da categoria durante a campanha salarial 2022/2023 e após, no debate das eleições de outubro. Os Comitês também facilitarão as mobilizações em porta de fábricas.
O Secretário de Comunicação da FTM-RS, Enio Santos, afirma que não adianta ganhar um bom percentual de aumento, sem uma política de governo e que a campanha salarial propícia o diálogo. “Temos que debater a vida dos trabalhadores, assuntos como o aumento no custo de vida, carestia, o porquê da vida dos brasileiros estar piorando”, diz ele.
Enio conta que a Federação já está reunindo com as entidades filiadas para promover os Comitês e que há objetivos para serem alcançados. “Cada sindicato deverá convidar um determinado número de trabalhadores para fazer esse debate. E depois das pequenas reuniões será o momento do trabalho massivo, de agitação em assembleias, panfletos, atividade na porta de fábrica e também nas redes sociais”, explica.
Outro tema que será abordado pelos Comitês é a reforma trabalhista, a já implementada e a que está sendo proposta agora, cujo os principais pontos são a terceirização na atividade-fim e o fim dos 40% na multa do FGTS.
Segundo o dirigente, as ações da campanha salarial devem culminar na primeira quinzena de maio e devem produzir um ganho econômico. “Devemos ter foco e construir algo útil e que envolva o conjunto dos trabalhadores no debate e nas mobilizações. Uma luta que produz consciência e posteriormente, olharmos para as eleições.”