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“Defesa da democracia precisa ir além do período eleitoral”, diz diretor da CNM/CUT

Nos Estados Unidos, secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT debateu o papel dos sindicatos na defesa da democracia com representantes de outros países

Publicado: 25 Março, 2024 - 17h52 | Última modificação: 25 Março, 2024 - 18h06

Escrito por: Redação CNM/CUT

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Maicon Michel Vasconcelos, o último à direita, junto a sindicalistas estrangeiros

Em sua viagem aos Estados Unidos em fevereiro, o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michel Vasconcelos, pôde trocar ideias e experiências com sindicalistas de todo o mundo. Dentro das mesas que fizeram parte da  Iniciativa Global de Liderança Trabalhista (conhecida pela sigla GLLI), o sindicalista esteve nos debates sobre o combate ao racismo e a manutenção da democracia.

“Estive junto a representantes sindicais dos professores da cidade de Boston (Estados Unidos) e mais um companheiro do Zimbábue e outra companheira estadunidense. Ficou claro que é essencial estar atento para defender a democracia não só nos períodos de eleição, mas de uma forma mais ampla. Um dos exemplos que usamos foi a questão da Palestina, que está a 75 anos sendo ocupada de forma ilegal por Israel - e isso é um dado da ONU”, conta Maicon.

Semanas depois do curso de formação, sindicalistas estadunidenses realizaram atos pedindo cessar-fogo em Gaza, na Palestina, e pressionando o governo dos Estados Unidos a mudar a política de apoio irrestrito a Israel.

Além da troca de ideias com os sindicatos, os encontros com membros do governo estadunidense foram intensos. Maicon se encontrou com a Representante Especial do Departamento de Estado para Assuntos Internacional do Trabalho, Kelly M. Fay Rodríguez. 

DivulgaçãoDivulgação
Representantes do Solidarity Center durante a visita a fábrica da Mercedes Benz

Visitas ao Brasil

No dia 14 de março, representantes do escritório da organização Solidarity Center no Brasil, entre eles o diretor regional de Programas das Américas, Joell Molina, visitaram a fábrica da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo (SP). Eles conversaram com representantes do Comitê Sindical de Empresa (CSE) e visitaram a linha de produção.

O encontro teve o objetivo de conhecer a realidade do movimento sindical brasileiro e aprofundar a parceria em projetos de formação sindical entre a CNM/CUT e o Solidarity Center.

O Solidarity Center é uma entidade ligada à central sindical norte-americana AFL-CIO (Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais) que desenvolve projetos de cooperação internacional entre entidades sindicais em diversos temas (organização sindical, comunicação, gênero, raça, juventude, entre outros) e que tem parceria histórica com a CNM/CUT.

Outra visita estrangeira ao Brasil foi do diretor de política industrial e setorial do sindicato alemão IG Metall, maior sindicato metalúrgico do mundo. Ele esteve no país, em 12 de março, visitando a fábrica de Mercedes, em São Bernardo, e também ministrando a palestra “Digitalização e Inteligência Artificial na Indústria Metalúrgica”, onde trouxe a experiência do sindicato alemão com o uso da Inteligência Artificial nas fábricas de lá.