Diretoria da FEM-CUT/SP debate desafios e organização do 9º Congresso estadual
Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, fez a análise de conjuntura e destacou a importância de o movimento sindical pressionar o governo
Publicado: 02 Fevereiro, 2023 - 13h12 | Última modificação: 02 Fevereiro, 2023 - 13h23
Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC)

A reunião da diretoria efetiva e do conselho deliberativo da FEM-CUT/SP (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT de São Paulo), realizada nesta quarta-feira (1), no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), debateu os desafios na luta pela reconstrução dos direitos dos trabalhadores, a defesa da democracia e da soberania nacional, temas do 9º Congresso da Federação, que será realizado em abril.
Participou do debate o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula nos dois primeiros mandatos na Presidência da República, e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo Dilma Rousseff.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, explicou a importância das discussões para definir os próximos encaminhamentos. “Estamos construindo o caminho para o 9º Congresso da FEM e é fundamental poder ouvir as considerações do Gilberto Carvalho. Discutimos política nacional com muita energia e temos a nossa tarefa aqui no Estado de São Paulo na luta pela reconstrução dos direitos”, afirmou.
O secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, disse que o tema do Congresso é continuação do debate feito durante a Campanha Salarial do ano passado. “Discutir o resgate de direitos, a defesa da democracia e da soberania nacional, em sintonia com o Congresso da CNM/CUT, fortalece a unidade da categoria e de toda a classe”.
O secretário-geral da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Loricardo de Oliveira, falou sobre a organização para o 11º Congresso da entidade, em maio. “Temos o desafio de discutir a organização sindical no Brasil, conseguir olhar o conjunto da categoria no país, reconstruir a soberania, emprego, renda, direitos, discutir a correção da tabela do Imposto de Renda”, ressaltou.
Reconstrução
Gilberto Carvalho destacou os desafios ao completar um mês do governo Lula, entre eles a situação econômica atual e uma conjuntura internacional diferente de 2003.
“E muito pior do que a questão econômica hoje é que os governos Temer e Bolsonaro quebraram as ferramentas de políticas públicas do Estado. É assustadora a crueldade com que foram desmontadas as redes de proteção para a população, como o Luz para todos, Minha Casa, Minha Vida, cisternas, ProJovem, ProUni. Essa reconstrução não se dará da noite para o dia”.
Participação e organização
Para Gilberto Carvalho, é essencial o povo organizado participar da construção de políticas públicas, além de estar nas ruas na luta por direitos e uma vida melhor para todos e todas.
Também reforçou a fala que o presidente Lula tinha feito ao movimento sindical sobre a importância de pressionar o governo e defender as pautas dos trabalhadores. “Pressionem, protestem, é uma forma de fazer a mudança no país. Vocês têm um papel enorme nisso”, concluiu.