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FEM-CUT/SP conclui mais uma etapa das negociações com as bancadas patronais

Entidade já se reuniu com todos os grupos, menos com o G10 que se recusa a negociar os direitos da categoria; reunião dia 5 define os próximos passos Campanha Salarial

Publicado: 24 Agosto, 2023 - 15h16 | Última modificação: 24 Agosto, 2023 - 15h21

Escrito por: FEM-CUT/SP, com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba

Caroline Queiróz Tomaz / Imprensa SMetal
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Pauta de reivindicações da Campanha Salarial foi entregue aos representantes do Grupo 2 em julho

A direção da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP) realizou nesta terça-feira, 22, duas reuniões de negociação da Campanha Salarial 2023 com as bancadas patronais do G2 (Sinaees e Sindimaq) e Sindicel. Com isso, a entidade conclui esta etapa das negociações com os empresários.

Uma reunião marcada para o próximo dia 5, em Sorocaba, vai reunir a diretoria e conselho deliberativo da entidade e os 13 sindicatos filiados para definir a mobilização e os próximos passos da Campanha Salarial 2023.

A FEM-CUT/SP já realizou encontros com todos os grupos patronais – Sifesp (fundição), G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer), G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), Siniem (estamparia) e Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar). Apenas o Grupo 10, que abrange micro e pequenas empresas, novamente se recusou a negociar a Campanha Salarial dos metalúrgicos.

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, aborda a importância dessa fase das negociações. “Como sempre afirmamos, negociar com os patrões nunca é uma tarefa fácil. Tivemos uma primeira etapa de conhecimento e ajuste da pauta de reivindicações, que é fundamental para o andamento do processo. Temos a firmeza de buscar a valorização salarial da companheirada e também a renovação e ampliação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs). Esse é um compromisso que não abrimos mão”.

Erick destaca ainda que a Campanha Salarial desde ano também luta pela redução da taxa de juros. “A taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar prejudica muitos os trabalhadores e reduz qualquer ganho que venhamos ter com as negociações da Federação. Por isso, continuamos mobilizados pela redução dos juros e também pela saída de Campos Neto da presidência do Banco Central”.

Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca que a negociação é ampla. “A pauta de reivindicações aprovada pela categoria em todo Estado de São Paulo traz importantes pontos como reajuste salarial com aumento real, valorização dos pisos e tetos, redução de jornada sem redução de salário, manutenção e ampliação dos direitos sociais. Outro ponto de suma importância é com relação aos direitos das mulheres, que estamos buscando inúmeras melhorias nas CCTs”.

Ele aponta também que os trabalhadores devem estar prontos para lutar pela valorização. “Nosso trabalho nas negociações tem mais força quando a categoria está unida e pronta para a mobilização. Dessa maneira, mostramos aos patrões a nossa força e que não vamos recuar de nenhum direito e nem do reajuste salarial, com aumento real, que merecemos. Vamos seguirmos juntos nessa luta por mais uma Campanha Salarial vitoriosa”.

3,85% de inflação

Desde setembro de 2022 até julho deste ano, os metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP tiveram 3,85% de perdas salariais com a inflação. O cálculo leva em consideração o Índice de Preços ao Consumidor (INPC). A data-base da categoria é 1º de setembro.