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Medidas anunciadas por Haddad iniciam recuperação da economia, avalia Dieese

Para dirigente da CNM/CUT, conjunto de medidas do governo na economia e indústria sinalizam bom começo para os trabalhadores e trabalhadoras

Publicado: 18 Janeiro, 2023 - 17h21 | Última modificação: 18 Janeiro, 2023 - 17h37

Escrito por: Redação CNM/CUT

Reprodução Youtube
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Ministros Simone Tebet (Planejamento), Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (Gestão)

As primeiras medidas anunciadas pela equipe econômica do novo governo Lula visam recuperar as contas públicas do rombo que foi deixado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), ajustando a arrecadação e evitando cortes sociais.

Essa foi a avaliação do economista e diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. Ele foi entrevistado pela Rádio Brasil Atual na manhã de segunda-feira (16) e comentou sobre o impacto das medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad no dia 12 de janeiro.

Veja abaixo a entrevista do diretor técnico do Dieese a Rádio Brasil Atual

Para o secretário de Formação da CNM/CUT, Renato Carlos de Almeida, ainda é cedo para avaliar o impacto das medidas econômicas sobre os trabalhadores. O dirigente acredita que o conjunto de medidas anunciado por Haddad, mais a recriação do ministério da Indústria e Comércio, são o início de uma boa trajetória de governo para os trabalhadores. “Seria importante agora o governo também investir na formação dos trabalhadores para enfrentar as mudanças tecnológicas no mercado de trabalho”, completa o dirigente.

Haddad disse que sua gestão à frente do Ministério da Fazenda terá uma agenda conjuntural de 90 dias, concentrada em medidas monitoradas cotidianamente com o objetivo de aproximar o nível de receitas e de despesas deste ano com as realizadas em 2022.

Melhoria fiscal

O conjunto de ações anunciado promete entregar uma melhoria fiscal de R$ 242,7 bilhões nas contas públicas neste ano. Isso seria suficiente para cobrir o déficit previsto de R$ 231,5 bilhões em 2023, o que resultaria em um superávit primário nas contas de R$ 11,2 bilhões.

Em entrevista durante o anúncio das medidas, Haddad, acompanhado da ministra do Planejamento Simone Tebet, e da ministra de Gestão, Esther Dweck, afirmou que o governo anterior tomou medidas “muito irresponsáveis” na gestão fiscal do país em 2022. O orçamento previsto para 2023 tem 1,5% PIB a menos na receita (caiu de 18,7% para 17,2%), por causa de desonerações.

Algumas dessas desonerações foram adotadas nos últimos dias de governo Bolsonaro, mostrando a total falta de compromisso com o governo democraticamente eleito. Em 30 de dezembro, por exemplo, foram tomadas medidas que envolveram desoneração de PIS/Cofins de querosene de aviação, entre outras.